sábado, 12 de janeiro de 2019

Mangás no Brasil

Fala, galera! Todo mundo na paz?

Gostamos de comprar mangás hoje em dia e temos muitos títulos à disposição e vários outros já passaram por nossas bancas. Mas quando começou isso? De onde vem e por qual razão este tipo de publicação tem tanto público? Comece respondendo por você mesmo. Gosta dos mangás ou prefere as HQs? Ou dos dois? Que tipo de histórias você gosta de ler? Que tipo de coleções você tem? Lê os mangás físicos ou prefere ler no formato digital? Eu, pessoalmente, gosto de mangás tanto quanto das HQs apesar de não parecer por conta da diferença de volumes que tenho de um para o outro. Não tenho um gênero específico que goste mais, embora tenha mais títulos com lutas e coisas do tipo. Mas todos tem ação e contam boas histórias. Algumas eu gosto mais do que outras, mas não tenho nenhuma que eu deteste ou que venderia. Se bem que tem um ou outro volume que me deu vontade de jogar no fogo quando terminei de ler porque a história se arrastou por um volume inteiro para chegar no final e tudo se resolver de modo ridículo. Hahahahaha.

Ok, vamos lá. Os mangás são originários do Japão e como tudo que existe, começou como histórias contadas em rolos com desenhos seguidos de textos explicativos por volta do século VIII e tudo foi evoluindo de diversas formas por diversos artistas até chegar a Osamu Tezuka (imagem abaixo), que é chamado de ‘pai do mangá moderno’ porque introduziu onomatopeias, linhas de ação aos quadros e enquadramentos semelhantes aos usados no cinema, e não podemos deixar de citar que influenciado pelo trabalho de Walt Disney (!) ele passou a desenhar os personagens de suas histórias com olhos e bocas grandes para passar uma expressividade maior. Funcionou muito bem. Hoje existem muitos artistas com traços próprios de desenho e narrativa, mas a base é a mesma para a grande maioria. E com isso criou-se uma espécie de classificação baseada mais pela demografia do que por gênero: Kodomo para crianças pequenas, Shonen para meninos adolescentes, Shoujo para meninas adolescentes, Seinen para homens jovens e adultos e Josei para mulheres jovens e adultas. Mas ainda assim classificar por gênero também é possível, mas muito mais difícil de classificar com exatidão pois uma mesma obra pode abranger algumas características de um ou outro gênero, dependendo do que a obra esteja apresentando no momento ou de outros fatores.

Temos no Japão inúmeros artistas cujas obras obtiveram tanto sucesso que as páginas das revistas que as publicaram não foram suficientes para conter a grandiosidade que apresentavam e foram exportadas para outros países e traduzidas para suas línguas locais, gerando fãs e mais fãs onde quer que fossem chegando. E por aqui não foi diferente. Embora os primeiros mangás originários do Japão tenham sido publicados no fim dos anos 80 sem muita divulgação (Lobo Solitário, Akira, Crying Freeman e outros), o estilo do traço e a forma de contar histórias influenciou muitos artistas a criar suas versões para histórias já conhecidas e de apresentar suas próprias criações no ‘estilo mangá’.

Houve nos anos 90 uma grande explosão de obras japonesas no país por conta da grade de programação da extinta Rede Manchete que exibia Changeman, Jaspion, Kamen Rider, Patrini e outros programas com atores reais lutando contra monstros em suas armaduras e identidades secretas. Mas foi com o animê dos Cavaleiros do Zodíaco que houve um grande BOOM dos desenhos japoneses no Brasil. Em outro momento vamos falar sobre isso, mas cabe dizer aqui que sem exagero o que temos até hoje se deve aos Defensores de Athena SIM! Afinal todos queriam saber mais sobre aquela história tão cativante, e queriam mais programas do gênero e surgiram na nossa TV muitos animês clássicos como Yu Yu Hakusho, Sailor Moon e Shurato (que para mim devia receber um trabalho de divulgação mais atento por aqui outra vez).

A partir disso, a procura pela obra original começou a crescer e muita gente descobriu que existiam os mangás, publicações que originaram muitos animês que já eram conhecidos do povo brasileiro, como Speed Racer, e que o sucesso dos quadrinhos em preto e branco e com as páginas e ordem de leitura inversas ao nosso, acabavam gerando as versões animadas. E no final do ano 2000 a Conrad Editora resolveu apostar alto em duas obras já muito consagradas e amadas pelo público: Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco. A novidade foi tão grande que diversos canais falaram sobre as novas publicações no Brasil. (Mas antes disso, houve o lançamento de uma VHS do animê “Initial D” em que vinha estampado na capa “Baseado na HQ Mangá”! Olha... não sei nem o que pensar. Hahahahahaha. Mas quem comprou e vendeu isso no país não fazia ideia do que tinha em mãos!)

Mesmo que já tem passado tantos anos, a publicação de mangás é contínua e sempre existem novos lançamentos de diversas editoras por aqui. Muitas vezes o lançamento no Japão acontece e em poucos meses (às vezes por volta de um ano) já temos a versão em português em mãos. E apesar de hoje os preços estarem bem salgados (algumas estão subindo os preços descaradamente e sem justificar em até R$ 5,00 em algumas publicações!!), o público se mantém bem fiel na leitura das obras. Embora muitos tenham preferido ler mangás scanneados diretamente do Japão e traduzidos por fãs mesmo. Isso acaba dando aos fãs mais ávidos pela leitura o conhecimento da histórias alguns dias após a publicação original! Mas acaba não tendo o retorno financeiro para o autor... Eu, particularmente, prefiro a versão física à digital. Gosto do cheiro das publicações. Hehehehehe.

Enfim... Eu coleciono desde 2001 e até hoje continuo comprando os mangás que gosto. E é deles que vamos falar aqui. Alguns são mangás bem conhecidos, como Cavaleiros e Dragon Ball, e outros que dificilmente serão republicados como El-Hazard.

Abraço!
Existem até mangás que contam a história de como mangás são feitos! Hahahaha. “Bakuman” é uma obra que se se eu tiver oportunidade vou colecionar!

Um comentário:

  1. Não creio que vc lembra de Patrine! Era simplesmente a minha preferida quando era criança! Saudades Rede Manchete!

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